Menino ganha mão biônica de equipe de F1 após carta
Sem dinheiro para uma prótese de última geração, Matthew James sugeriu que a Mercedes patrocinasse sua nova mão.
Um garoto britânico fã de Fórmula 1 teve seu pedido por uma mão biônica atendido depois de enviar uma carta para o chefe da equipe Mercedes GP Petronas, Ross Brawn.
Matthew James, de 14 anos, nasceu sem a mão esquerda e usava uma prótese que descrevia como 'uma garra'.
Ele sonhava com uma prótese biônica da empresa escocesa Touch Bionics, que permite mais movimentos na mão e nos dedos.
No entanto, o aparelho custava 30 mil libras (R$ 79 mil) e não estava disponível por meio do Serviço Nacional de Saúde britânico.
A família do garoto, de Berkshire, no sudeste da Inglaterra, havia economizado dinheiro, mas não o suficiente.
Depois de receber uma visita de Ross Brawn em sua escola, Matthew decidiu pedir ajuda e enviou uma carta sugerindo que equipe esportiva patrocinasse sua nova prótese.
Pedido
Pouco depois, ele foi convidado para uma visita à fábrica da Mercedes, enquanto um membro da equipe entrava em contato com a empresa responsável pela prótese.
As duas organizações concordaram em compartilhar entre si as tecnologias usadas nos carros e na mão biônica. Como parte do acordo, a Mercedes ajudou a pagar a mão e o treinamento de Matthew para usá-la.
Ross Brawn disse que a carta do garoto para a equipe foi "emocionante".
Segundo Matthew, sua mão antiga era "um mecanismo simples de abrir e fechar, como uma garra".
Já a nova tem "cinco motores individuais em cada dedo, e por isso cada um deles pode se mover individualmente".
A mão biônica foi colocada na última sexta-feira, mas ele já consegue abrir potes e carregar xícaras de chá em casa.
"Infelizmente, tem um lado ruim. Eu estou tendo que fazer mais tarefas", diz.
13/05/2011 18h47 - Atualizado em 13/05/2011 18h49
Equipamento 'high tech' faz bicicleta valer até R$ 10 mil em Afuá
Município paraense das palafitas não permite carros e motos.
Moradores 'turbinam' os chamados bicitáxis com tocador de DVD.
Aparelho de DVD, caixa de som potente e tela de vídeo não são componentes exclusivos para carros. Em Afuá (PA), cidade da Ilha do Marajó, os moradores gastam dinheiro turbinando os seus bicitáxis.
Na série lig@dos, o G1 vai mostrar como pessoas de diferentes locais se relacionam com a tecnologia. Na primeira etapa, mostraremos três cidades em diferentes estados da região Norte do país. Mande suas perguntas na área de comentários ao final da reportagem.
com três rodas (Foto: Laura Brentano/G1)
Como o município não permite carros e motos, a solução encontrada por Raimundo Gonçalves para ter mais conforto foi o bicitáxi. Em 1995, ele criou o primeiro modelo que, na época, tinha três rodas. “Durante quatro anos, eu tinha o único bicitáxi da cidade. As pessoas pagavam para dar uma volta nele”, conta.
Pensando em melhorar o seu meio de transporte, Gonçalves juntou duas bicicletas tradicionais e montou o bicitáxi como é mais conhecido hoje. Desde então, já foi criada a “bicilândia” e o “bicitáxi escolar”. “Hoje, quase todas os bicitáxis vêm com DVD ou CD player”, conta. Um bicitáxi simples custa cerca de R$ 1 mil e leva uma semana para ser criado. Os clientes que quiserem incluir outros elementos tecnológicos precisarão desembolsar mais R$ 1 mil.
Há cinco anos, Manoel Lobato, de 39 anos, colocou um aparelho e uma tela de DVD no seu bicitáxi. “Nos finais de semana tiro um dinheirinho levando as pessoas para passear”, conta. Já Elisomar Gemaque, de 36 anos, sempre teve vontade de ter um carro, e acabou adaptando o seu bicitáxi ao seu desejo antigo. “Quando eu vivia em Belém, cheguei a juntar dinheiro para comprar um veículo. Mas acabei optando por um apartamento”.
O bicitáxi de Gemaque saiu da oficina em 2006 custando R$ 3 mil. No entanto, ele continuou “turbinando” a sua bicicleta, que hoje vale R$ 10 mil. “Como meu pai me ajudou a pagar, depois que ele faleceu, o bicitáxi ganhou um valor sentimental muito grande. Já me ofereceram uma casa, mas eu não vendo”, conta.
Com retrovisor, faróis, amortecedor, marcha e freio, o bicitáxi de Gemaque é praticamente um carro. “Só falta o motor”, brinca. Todos os equipamentos são ligados a uma bateria que chega a durar uma semana, segundo Gemaque. “Acompanhei toda a montagem, que durou cerca de seis meses. Todas as peças foram retiradas de carros, como o Uno e o Tempra, da Fiat”, conta. “Hoje, eu uso muito para passear com a minha filha de 3 anos no final de semana. Por isso, só tenho música infantil”.
Para montar o bicitáxi, já existem diversas oficinas em Afuá. O primeiro passo é a montagem e adaptação da carcaça de ferro conforme o gosto do cliente. Depois, as bicicletas são encaixadas na estrutura, que é pintada. O último passo são os itens mais modernos, como tocador de DVD e até apoio para copo. Hoje, Gonçalves, o inventor do bicitáxi, acredita que existam cerca de 150 veículos semelhantes circulando em Afuá.