A espaçonave Progress foi hoje lançada pelo foguete portador Soyuz-U a partir da base espacial de Baikonur. A nave transporta para a EEI mais de duas toneladas e meia de cargas. Este é o segundo cargueiro lançado segundo o chamado programa rápido, diz Andrei Krassilnikov, perito em cosmonáutica:

“Em vez de dois dias, a nave irá aproximar-se da estação em duas horas. Está previsto aplicar o mesmo esquema ao cargueiro Progress-M18, que será lançado em fevereiro do próximo ano e, a partir de março, como está previsto, os Soyuz, com cosmonautas a bordo, chegarão à estação 7-8 vezes mais rapidamente. Em vez de oito dias, o caminho para a EEI durará apenas algumas horas. Respetivamente, os cosmonautas irão suportar mais facilmente a imponderabilidade na estação e não num espaço reduzido”.

Os tripulantes esperam com especial impaciência a chegada de encomendas de familiares da Terra, que contêm, como sempre, muitas guloseimas. Nos últimos anos, a alimentação dos habitantes da EEI mudou consideravelmente. As refeições em bisnagas deixam de existir. Estas embalagens agora um anacronismo do passado e podem conter apenas especiarias. As bisnagas são substituídas por pacotes de polímero e latas metálicas, que são mais cômodas de utilizar. Primeiro, porque contêm comida cujo gosto é mais próximo das caraterísticas terrestres e, segundo, para consumir uma comida desidratada, basta adicionar nela água quente ou fria e comê-la com colher ou garfo. Mas, falando sinceramente, os cosmonautas gostam mais de comida de verdade, diz Alexander Jelezniakov, acadêmico da Academia de Cosmonáutica da Rússia:

“Naturalmente,quando se carregam as naves, há  sempre vontade de agradar aos cosmonautas com alguma coisa nova. Desta vez serão os produtos que os tripulantes poderão pôr na mesa no Ano Novo. Este é o último cargueiro enviado à estação no ano em curso. Naturalmente, pensamos nas Festas de Natal e Ano Novo”.

A propósito, os cosmonautas gostam de receber legumes e frutas frescas e os produtos que cada um prefere: queijo, café, cebolas, pepinos em vinagre. Desta vez, contudo, eles pediram para  enviar ainda alhos, para não apanhar por acaso uma constipação durante as Festas do Ano Novo.

 

 atualizado em 29 de Abril de 2013 às 21h24

Nave espacial de passageiros da Virgin completa primeiro teste

Nave da Virgin faz teste nos EUA Foto: Reuters
Nave da Virgin faz teste nos EUA
Foto: Reuters

Uma nave espacial com capacidade para seis passageiros, de propriedade do grupo Virgin, decolou pela primeira vez nesta segunda-feira, um passo fundamental para o início do serviço comercial dentro de cerca de um ano, disse o proprietário da Virgin, Richard Branson.

O voo-teste ao longo do deserto de Mojave, na Califórnia, durou 16 segundos, e quebrou a barreira do som. "Foi impressionante", disse Branson à Reuters. "Você pode ver isso muito claramente. Colocar o foguete e a nave espacial juntos e vê-los desempenhar com segurança, foi um dia decisivo."

A nave e o avião transportador, o WhiteKnightTwo, decolaram do Mojave Air and Space Port às 11h (horário de Brasília), em direção a uma altitude de cerca de 14 quilômetros, onde a SpaceShipTwo foi liberada. Dois pilotos, em seguida, acenderam o motor de foguete da nave e subiram mais 3 quilômetros, chegando a Mach 1.2 no processo.

Voos adicionais de teste foram planejados antes de a nave voar ainda mais rápido, para alcançar altitudes superiores a 100 quilômetros. "Indo de Mach 1 a Mach 4 é relativamente fácil, mas obviamente ainda temos de fazê-lo. Acho que os grandes marcos difíceis estão todos atrás de nós", disse Branson.

A Virgin Galactic está vendendo passeios a bordo da nave SpaceShipTwo por US$ 200 mil por pessoa. Mais de 500 pessoas já fizeram depósitos. Branson e seus filhos pretendem ser os primeiros pilotos, após testes, a andar na nave espacial, dentro de cerca de um ano.

O modelo da SpaceShipTwo é baseado em um protótipo de três pessoas chamado SpaceShipOne, que em outubro de 2004 conquistou o Prêmio Ansari X, de US$ 10 milhões, pelos primeiros voos espaciais humanos financiados pelo setor privado.

O cofundador da Microsoft Paul Allen financiou o desenvolvimento da nave SpaceShipOne, estimado em US$ 25 milhões. Até agora, a Virgin Galactic em parceria com a Aabar Investments PJC, de Abu Dhabi, gastaram US$ 500 milhões no desenvolvimento da SpaceShipTwo e esperam desembolsar mais US$ 100 milhões antes de iniciar o serviço comercial, disse Branson.

A empresa pretende construir mais quatro naves e vários jatos de transporte WhiteKnight, que também serão utilizadas para uma empresa de lançadores de satélites. Além do voo de passageiros, a Virgin Galactic está negociando a SpaceShipTwo com entidades de pesquisas, incluindo a Nasa, para levar experimentos, com ou sem os cientistas.

 

Nave espacial chinesa retorna à Terra após fazer história

 
• Sexta-feira, 29 de junho de 2012 - 15h20
 
 

Pequim - A nave espacial chinesa Shenzhou IX, lançada ao espaço no último dia 16, retornou nesta sexta-feira à Terra após completar com sucesso o primeiro acoplamento espacial manual realizado pela China, informou a agência de notícias "Xinhua".

A nave aterrissou por volta das 10h locais (23h de Brasília) no condado de Siziwang, ao norte da região autônoma da Mongólia Interior (norte da China).

Após 13 dias de missão, os astronautas Jing Haipeng, Liu Wang e Liu Yang, esta última a primeira mulher chinesa a viajar ao espaço, voltaram para casa em "boas condições", segundo indicou a equipe médica que os atendeu após a aterrissagem.

Os astronautas foram recebidos com uma breve cerimônia, após adaptarem-se à gravidade da Terra e saírem da nave, uma hora depois da aterrissagem.

A tripulação do Shenzhou IX entrará para a história da China por completar com sucesso a quarta missão tripulada produzida pelo país asiático e conseguir realizar o primeiro acoplamento manual entre uma nave chinesa e o módulo espacial Tiangong I, embrião da futura base espacial do gigante asiático.

"Esta conquista teve um significado muito importante para a corrida espacial chinesa", destacou o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, no Centro de Controle Aeroespacial de Pequim.

A China, o terceiro país a levar astronautas ao espaço, quer demonstrar com seu programa espacial que está capacitada tecnologicamente para trabalhar em bases permanentes no cosmos, em resposta à reserva de países como os Estados Unidos quanto à sua participação na Estação Espacial Internacional (ISS).

O país asiático espera instalar seu primeiro laboratório no espaço em 2016 e dispor de uma base permanente até o final desta década.